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Psicoterapia Comportamental - Campinas - psicólogo
Este blog foi desativado a agora todo o conteúdo dele estará no site: www.comportamentosaudavel.com.br
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Venda do meu livro
Ou compre mais barato diretamente na clínica no endereço:
Rua: Antônio Arruda Camargo, 195 – Bairro: Nova Campinas – Cidade: Campinas/SP – CEP: 13092170.
Ponto de referência: esta rua fica paralela à avenida Norte Sul e a clínica fica situada logo atrás do Burguer King (próximo do viaduto do Laurão).
- A secretária no telefone: (19) 32941005 e (19) 32526513 de segunda a sexta-feira, das 8:30 as 12:00 e das 14:00 as 19:00.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Para aquisição do livro
Aos amigos leitores que queiram adquirir meu livro sobre baixa autoestima, vaidade e autoestima saudável. Segue o link para a compra e informações do seu conteúdo: http://www.comportamentosaudavel.com.br/produto/livro-o-homem-e-o-abismo-inconveniente-de-si-mesmo
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Novo site com postagens do psicólogo Reginaldo do Carmo Aguiar
Um abraço amigo
Reginaldo
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Matéria sobre "achados e perdidos" para o caderno infantil do Jornal da Bahia
Colaboração para o caderno infantil do Jornal da Bahia de como lidar com objetos perdidos ou achados. Clique na figura abaixo para ler a matéria na íntegra:
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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.
Colaboração para o site UOL mulher sobre a relação homens e mulheres
Participei como colaborador do texto "Amigos homens são mais cúmplices, mesmo sem expressar sentimentos" do site UOL mulher. Segue abaixo o link com o texto:
http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/10/11/amigos-homens-sao-mais-cumplices-mesmo-sem-expressar-sentimentos.htm
http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/10/11/amigos-homens-sao-mais-cumplices-mesmo-sem-expressar-sentimentos.htm
Copyright © 2013 Reginaldo do Carmo Aguiar. Todos os direitos reservados.
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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.
Band Minas para falar sobre crítica
Entrevista dada a repórter Poliana sobre as práticas culturais associadas à crítica para a Band Minas.
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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Matéria para o Correio Braziliense sobre trabalho voluntário
Matéria para o Correio Braziliense que foi publicada dia 08 de Outubro de 2013 com o tema: O efeito bumerangue do voluntariado:
http://sites.correioweb.com.br/app/50,114/2013/10/09/noticia_saudeplena,145875/o-efeito-bumerangue-do-voluntariado.shtml
http://sites.correioweb.com.br/app/50,114/2013/10/09/noticia_saudeplena,145875/o-efeito-bumerangue-do-voluntariado.shtml
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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.
Programa "Oriente-se" para falar sobre Síndrome do Ninho Vazio
Muitos pais ficam perdidos quando os filhos vão embora. Alguns chegam a entrar em depressão. Mas o que é isso? Isso chama-se Síndrome do ninho vazio. O objetivo do programa foi falar da Síndrome do ninho vazio e como lidar com ela. Esteve presente no programa o querido padre Magalhães da igreja Cristo Rei. O programa foi exibido dia 15/11/2013.
Segue abaixo os links para assistir o programa:
Parte 1: https://www.youtube.com/watch?v=4HzHRsrM3CA
Parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=05W2mvy9QUA
Parte 3: https://www.youtube.com/watch?v=cTtL32B62cA
Parte 4: https://www.youtube.com/watch?v=xTEBuuBMt-s
Parte 5: https://www.youtube.com/watch?v=O0UGwrhn9zQ
Segue abaixo os links para assistir o programa:
Parte 1: https://www.youtube.com/watch?v=4HzHRsrM3CA
Parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=05W2mvy9QUA
Parte 3: https://www.youtube.com/watch?v=cTtL32B62cA
Parte 4: https://www.youtube.com/watch?v=xTEBuuBMt-s
Parte 5: https://www.youtube.com/watch?v=O0UGwrhn9zQ
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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
"Coleira" para crianças, contentor não substitui limites dado pelos pais
Veja a matéria polêmica que participei há alguns meses atrás e foi editada e postada no site UOL ontem e já tem inúmeros depoimentos:
http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2013/08/20/coleira-para-crianca-contentor-nao-substitui-limites-dados-pelos-pais.htm
http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2013/08/20/coleira-para-crianca-contentor-nao-substitui-limites-dados-pelos-pais.htm
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
No programa "Oriente-se" para falar sobre traição
Participação ao vivo, dia 07/08/2013, no programa "Oriente-se" da Rede Século 21 para falar sobre traição junto com o jovem padre Alessandro e o querido apresentador Laércio:
Veja os vídeos do programa:
Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=8kSwzA9Ttws
Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=-yBM4JWEeE0
Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=gX-cZDXy1f4
Parte 4: http://www.youtube.com/watch?v=TGlCZq-_K84
Veja os vídeos do programa:
Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=8kSwzA9Ttws
Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=-yBM4JWEeE0
Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=gX-cZDXy1f4
Parte 4: http://www.youtube.com/watch?v=TGlCZq-_K84
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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Participação em programa da CNT para falar sobre distúrbios do sono
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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Decepção amorosa e o medo de se apaixonar no UOL mulher comportamento
Entrevista concedida as jornalistas Marina Oliveira e Rita Trevisan do UOL sobre como superar as decepções amorosas.
Veja o link abaixo com a matéria na íntegra: http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/06/21/decepcao-amorosa-causa-medo-de-se-apaixonar-saiba-como-superar.htm
Veja o link abaixo com a matéria na íntegra: http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/06/21/decepcao-amorosa-causa-medo-de-se-apaixonar-saiba-como-superar.htm
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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Solteiros e relacionamento amoroso
Participação relâmpago no programa "Point oficina 21" da Rede Século 21 para conversar sobre solteiros e relacionamento amoroso. Foi ao vivo no dia 11/06/2013 às 20:00 com reapresentação no sábado. Esteve presente o querido padre Agnaldo e o talentoso multi-instrumentista Gabriel Francis.
Veja duas partes do programa (parte 1):http://www.youtube.com/watch?v=kA33tPiCP5s
(parte 2): http://www.youtube.com/watch?v=4NjyljSitWY
Veja duas partes do programa (parte 1):http://www.youtube.com/watch?v=kA33tPiCP5s
(parte 2): http://www.youtube.com/watch?v=4NjyljSitWY
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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.
Sobre o comportamento de perdoar
Entrevista para falar sobre o comportamento de perdoar para o programa "Oriente-se" da Rede Século 21.
Veja a participação relâmpago para falar sobre o comportamento de perdoar:
http://www.youtube.com/watch?v=yCOqTi-n0_M
Veja a participação relâmpago para falar sobre o comportamento de perdoar:
http://www.youtube.com/watch?v=yCOqTi-n0_M
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O ciúme enquanto veneno
Participação no programa "Oriente-se" para falar sobre ciúme. O programa foi exibido dia 05/06/2013 e reexibido no sábado dia 08/06/2013.
Segue abaixo algumas partes do programa:
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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Matéria "Funk a serviço do crime" para o jornal da noite da Rede Record SP
Fui entrevistado para falar sobre as músicas que incitam a violência ou fazem apologia ao crime (Funk proibidão) e os efeitos nas crianças e adolescentes e que medidas tomar para lidar com isso.
Veja o vídeo editado: http://www.youtube.com/watch?v=36rb4UywM0U&feature=youtu.be
Veja o vídeo editado: http://www.youtube.com/watch?v=36rb4UywM0U&feature=youtu.be
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quarta-feira, 15 de maio de 2013
Entrevista a Rede Família para falar sobre "Traumas amorosos"
Veja a matéria em vídeo editada pela emissora: http://www.youtube.com/watch?v=ApHkgNk6Y9A
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Entrevista para a jornalista Poliana sobre Transtornos afetivos
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terça-feira, 14 de maio de 2013
"Crise no casamento" na Rede Século 21
Dia 24/04/2013, ao vivo, no programa "Oriente-se" para debater sobre a crise no casamento e como lidar com isso.
Abaixo seguem os vídeos do programa:
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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Entrevista sobre fobias específicas para a Band Minas
Entrevista para o programa "Cada Dia" da Band Minas para falar sobre fobias específicas: um caso de fobia de aves e penas. Quem me entrevistou foi a simpática Poliana Rodrigues.
Aqui está o vídeo na íntegra: http://www.youtube.com/watch?v=w9V4NJ6cLUg
Aqui está o vídeo na íntegra: http://www.youtube.com/watch?v=w9V4NJ6cLUg
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terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Sobre estimulantes sexuais e suas consequências psicológicas
Entrevista para a TVB record para falar sobre as causas que levam cada vez mais homens a usarem estimulantes sexuais sem prescrição médica e suas consequências:
Veja o vídeo da matéria na íntegra: http://www.youtube.com/watch?v=cTxAcdOKxzU
Veja o vídeo da matéria na íntegra: http://www.youtube.com/watch?v=cTxAcdOKxzU
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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
TVB Record para falar sobre o aumento de compras no Sex Shop
A entrevista foi concedida para falar sobre as vantagens e desvantagens
do uso de objetos de sex shop e sobre os atuais livros sobre temáticas sexuais. A entrevista será exibida no programa
Balanço Geral.
Matéria na íntegra: http://www.youtube.com/watch?v=sMaTrJNeOso
Matéria na íntegra: http://www.youtube.com/watch?v=sMaTrJNeOso
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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Entrevista sobre generosidade e solidariedade e seus benefícios para o site UOL
A jornalista Marina Oliveira,
produtora de conteúdo corporativo e editorial do canal mulher do UOL, pediu uma
entrevista sobre como fazer o bem pode colaborar com o bem-estar de uma pessoa,
a ideia é dialogar um pouco sobre generosidade e solidariedade.
Segue o link da matéria editada: http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/01/21/exercitar-a-tolerancia-e-a-gentileza-sao-formas-de-praticar-a-solidariedade.htm
Segue o link da matéria editada: http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/01/21/exercitar-a-tolerancia-e-a-gentileza-sao-formas-de-praticar-a-solidariedade.htm
Segue a entrevista na íntegra:
1) O fazer o bem pode trazer benefícios a vida de uma pessoa? De que
maneira?
Em um experimento
com ressonância magnética funcional[1]
quando uma pessoa doou parte de seus bens o aparelho registrou uma ativação no núcleo
accumbens[2] e na ínsula,
regiões cerebrais
ligadas a área de recompensa emocional. É
interessante constatar que pessoas comem doces, chocolates, comidas muito
saborosas ou fazem sexo têm também essas regiões mais ativadas. Como ambas estão
ligadas a sobrevivência e reprodução e por isso garantem a sobrevivência da
espécie os pesquisadores e estudiosos do assunto levantaram a hipótese de que a
capacidade de compartilhar, doar, ajudar... tenham sido necessárias no curso da
evolução para garantir a progressiva socialização dos homens. Essa pesquisa
revela que, do ponto de vista neurocientífico, sentimos prazer não apenas em
receber, mas em doar e em se doar também. Provavelmente, em algum momento da
nossa evolução passamos a ter comportamentos que iam além dos mínimos
necessários para simplesmente comer e reproduzir. Em algum momento
da vida de nossos ancestrais, aqueles que tinham a capacidade de se solidarizar deixaram mais descendentes
do que aqueles que não se solidarizavam. Até o ponto que os últimos
praticamente desapareceram. Neste sentido, ser solidário, ser capaz de sentir o
que o outro está sentindo, passou a ser mais vantajoso evolutivamente falando,
do que não o ser. As pressões evolutivas que forjaram a empatia, a
solidariedade nos humanos, acabaram por criar uma das dinâmicas comportamentais
mais impressionantes da evolução. Em outras palavras, o comportamento altruísta
se manteve, foi selecionado porque trouxe benefícios ao grupo.
A nível individual foi
observado que o ato de ajudar aos outros pode trazer vários benefícios. Os mais
evidentes são o aumento da autoestima. Em geral, isso acontece porque a pessoa
se sente útil aos outros, se sente especial, importante. Muitas pessoas que
sofrem de depressão, por exemplo, e partem para trabalhos voluntários com o
passar do tempo percebem uma melhora significativa no seu humor e na melhora do
convívio com seus pares.
2) Muitas pessoas dizem não conseguir ajudar o outro por não dispor de
tempo ou dinheiro. Podemos desmistificar os atos grandes (trabalho voluntário,
atuação em ONGs e centros de caridade), e dizer que é possível ajudar ao
próximo com pequenas ações? Você poderia citar algumas destas ações?
Generosidade e solidariedade são coisas boas.
Dar uma força, uma mãozinha, quebrar um galho devem ser exercitadas e
executadas por todos, desde o cidadão comum até os governos. As formas de falar
- e ajudar - são muitas e podem ser classificas em três grandes grupos:
a) Ajudas emocionais: alegrar pessoas enfermas em hospitais como é o
caso das pessoas que aderem ao papel de palhaços e animadores, fazer visitas a
pessoas idosas ou a orfanatos, ouvir e aconselhar um amigo que passa por
problemas emocionais, participar de algum tipo de voluntariado, fazer visitas a
pessoas enfermas...
b) Ajudas financeiras e materiais: adotar financeiramente uma instituição
filantrópica, ajudar pessoas com roupas e mantimentos, por exemplo, em
tragédias ou catástrofes naturais (deslizamentos de terras, enchentes,
secas...), ajudar financeira e materialmente um familiar ou amigo...
c) Apoio político devido a identidade de pensamento: apoiar algum grupo
político minoritário, participar de passeatas, assinar um ato político...
Em suma, participar de qualquer atividade que ajude aos outros de alguma
maneira é uma forma de manifestar solidariedade.
3) Ser mais tolerante e paciente com as pessoas e até com as próprias
limitações da vida é uma maneira de fazer o bem?
Sim.
Pessoas mais tolerantes as frustrações tendem a criar vínculos mais saudáveis.
Em geral são pessoas mais afetivas. Uma pessoa que aceita a vida como ela é e
consegue conviver com as frustrações derivadas dos relacionamentos consegue
desenvolver melhor seu autoconceito.
4) Fala-se muito hoje de relações superficiais, que muitas pessoas não
conseguem desenvolver vínculos mais profundos e manter amigos por falta de
generosidade com o outro. Por não conseguir doar-se e saber trocar. O fazer o
bem também poderia ser aplicado nestes casos? De que maneira?
A
postura solidaria ou o fazer o bem ao outro envolve a capacidade de identificar e compartilhar o sentimento de outra
pessoa. Está associada ao sentimento de empatia que é quando o sentimento do
outro passa a ser a mesma morada. É quando um se coloca no lugar do outro e
parte para ajudar. Pode-se dizer que é uma das características mais
impressionantes da nossa espécie. Inclusive a nossa espécie é a única que
conforta seus semelhantes na dor. Somos capazes de identificar com detalhes a
dor do outro e sentir fisiologicamente o que este outro deve estar sentindo. Se
o vizinho, por exemplo, perde um filho jovem, somos capazes de chorar pela dor
que ele está passando, mesmo sem nunca termos conversado com o vizinho.
5) O que a pessoa deve ter em mente ao decidir mudar suas atitudes para
ajudar o outro? É preciso abrir mão do que para realmente fazer o bem de uma
maneira orgânica?
A pessoa
precisa se livrar de sua vaidade e começar a observar mais aos outros ao seu
redor. Fazer um exercício de observar os desejos e necessidades dos outros.
Vale também indagações do tipo: Quanto
você faz pelo outro? Qual o seu tempo gasto com o outro? Quanto você presta
atenção no que o outro fala?
Se você não sente satisfação em estar com o outro, prestar atenção,
fazer pelo outro provavelmente você não é uma pessoa afetiva ou
solidária.
E como mudar isso? Para mudar é necessário a difícil arte de se envolver
com as pessoas. É preciso experimentar contextos mais afetivos, ou seja, entrar
em contato com pessoas sensíveis as outras e observar o comportamento delas
como modelo de ação. Todavia, comportar-se afetivamente e controlado por regras
no início não é saboroso. Para o afeto fazer parte do repertório é preciso
muita paciência e muitas histórias de convívios afetivos. A seguinte regra
é muito necessária: “Tomar decisão sempre pensando no outro”, no início é uma regra
emprestada que não produz ganhos, mas se experimentada produz bons frutos
porque as outras pessoas de aproximam mais e retribuem com afeto. Há ainda
outras regras que servem como incentivadoras de afeto como por exemplo: “Procure honestamente ver as coisas do ponto
de vista do outro.”
6) Esta transformação interna pode ser algo trabalhoso? Como tornar
isto algo mais tranquilo e natural?
É algo
trabalhoso porque envolve o desenvolvimento do repertório afetivo. Que na sua
essência envolve a capacidade de se colocar no lugar do outro e fazer algo para
ajudar. Como vivemos em uma cultura muito competitiva o ato de ser generoso é
pouco ensinado ou entra em condições de incompatibilidade. Por isso ir para a
terapia é um caminho mais rápido porque há o terapeuta como fonte de modelo
afetivo e como modelador do repertório de empatia. No entanto, como a terapia é
relativamente algo caro, seguir exemplos de pessoas afetivas e tentar
reproduzir tais comportamentos no cotidiano pode ser uma boa saída.
7) Se ela quiser começar esta transformação amanhã, o que pode começar
mudando?
Comece
por atos simples. Todos os dias pratique pelo menos um ato de
bondade. Pode ser até uma palavra de conforto que possa refletir sua
solidariedade para aliviar a dor de alguém. Lembrando que ter compaixão do
outro abre espaço para se importar com essa pessoa e ajudar. No
entanto, isso não precisa ser dito e nem deixado claro para a pessoa que está
sendo ajudada porque ela pode vestir o papel de vítima ou em casos de orgulho
pode não aceitar a ajuda.
[1] O
aparelho de ressonância magnética funcional revolucionou as pesquisas e os
diagnósticos na década de 90. Ele é um aparelho que tem um procedimento de
varredura baseado em computador que utiliza fortes campos magnéticos e pulsos
de radiofrequência para produzir uma imagem de uma seção transversal do cérebro
ou do corpo. Este exame gera imagens computadorizadas do cérebro em ação, com
indicação de quais regiões cerebrais mostram mais atividade neural durante uma
determinada tarefa. Ele oferece maior precisão do que o exame de tomografia
computadorizada.
[2] O núcleo accumbens é uma região que faz a
interface entre os órgãos do sistema límbico e o córtex frontal. Inclusive são
as mesmas áreas associadas ao uso de drogas como a cocaína, nicotina, anfetamina,
álcool... Em um experimento realizado na década de 60 com pessoas depressivas
foi estimulado eletricamente o núcleo accumbens e isso produziu sensações
prazerosas curiosas. Alguns pacientes chegaram a o extremo de compará-la a uma
espécie de euforia orgástica, ao passo que outros, segundo relatos, foram mais
longe: apaixonaram-se pelos cientistas responsáveis pelo experimento. Além
disso, os pacientes que podiam autoaplicar a estimulação apertando um botão
fizeram isso compulsivamente.
Copyright © 2013 Reginaldo do Carmo Aguiar. Todos os direitos reservados.
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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Matéria para a Revista Atrevidinha sobre amizade entre garotos e garotas
Matéria para a Revista Atrevidinha sobre "Amizade verdadeira entre garotos e garotas: Isso é possível?" Quem entrevistou-me foi a repórter Rita Trevisan.
A matéria editada é essa: http://atrevidinha.uol.com.br/tag/relacionamentos/
A matéria editada é essa: http://atrevidinha.uol.com.br/tag/relacionamentos/
Abaixo está a matéria na íntegra:
1) Esse tipo de amizade, que começa a surgir justamente nessa época da
pré-adolescência, pode existir independente de um interesse afetivo? Em outras
palavras, pode existir amizade verdadeira e sem segundas intenções entre
meninos e meninas?
Pode existir,
mas é exceção, não é regra. Poderia dizer, a grosso modo, que de 20 a 30% dos casos isso é possível. Além disso, o
garoto não precisa ser homossexual, pelo contrário, amigos heterossexuais podem
ser grandes amigos de meninas sem segundas intenções. Geralmente os meninos
pensam que esse tipo de amizade não existe, que sempre alguém quer “algo mais”.
Se de fato fosse assim, não existiria amizades verdadeiras com pessoas de sexos
opostos.
É importante lembrar que
antigamente a amizade
entre um menino e uma menina era um grande passo para o casamento. Como bem
descrito no livro “Dom Casmurro” de Machado de Assis. Mas hoje em dia tudo isso
mudou, meninos e meninas podem viver juntos e sem traçar um caminho para o
namoro e nem para o casamento.
2) Como lidar com as diferenças que naturalmente existirão entre você e
o garoto pelo simples fato de ele ser um garoto?
Em
nossa cultura, ainda os filhos homens tem que suprir aquilo que seus pais não
conquistaram. Funciona, a grosso modo, assim, a mãe espera um filho
super-homem, um herói e por isso ele é educado para ser forte. Neste sentido, a
mãe tem uma fantasia do filho. Como se este tivesse que suprir as expectativas
dela. Para muitos pais os filhos frequentemente representam um projeto de
imortalidade deles. Em oposição, a menina é preparada para ser gente grande; De
certa forma, o brincar de casinha a prepara para lidar com os filhos e com a
realidade prática e de responsabilidade no futuro. A menina é educada para ser
esperta e cuidadosa. As consequências disso no campo sexual são bastante
interessantes porque o garoto é construído nesta base heroica, desenvolve a
necessidade de demonstrar um desempenho sexual altíssimo e a garota, no campo
sexual, quer mais afeto e proteção em detrimento do desempenho sexual. Além das
diferenças culturais de aprendizagens, há ainda as diferenças biológicas
(hormônios, genética específica ao gênero...). Portanto, devido as diferenças
biológicas e culturais entre garotos e garotas, pode-se destacar
características específicas de gênero:
Sensibilidade - Eles não têm a mesma
sensibilidade que as meninas, o que deixa as coisas um pouco desequilibradas,
principalmente naqueles dias de TPM, que a menina fica mais agressiva, quer
chorar porque viu o mínimo de injustiça. O garoto por não ter um ciclo
menstrual acredita que isso é frescura.
Sair e a espera - Os garotos não tem paciência de esperar as garotas se
arrumarem. Eles ficam apressando e dizendo que elas estão ótimas de qualquer
maneira, nem precisa se arrumar demais e muito menos passar maquiagem.
Brincadeiras - Os garotos têm mais
brincadeiras estúpidas e agressivas.
Atenção focada - O garoto tem uma atenção focada, ou seja, apenas
consegue realizar uma tarefa de cada vez. Em contrapartida, a garota é
multi-tarefada, consegue realizar inúmeras tarefas ao mesmo tempo.
Egocentrismo - Os garotos tendem a ser mais
egocêntricos, menos sensíveis aos outros, menos atento as dinâmicas sociais e
mais inclinados à agressão direta.
As garotas precisam ter claro que as diferenças existem e que muitas
delas se não compreendidas podem trazer problemas. Elas podem tentar a partir
dessas informações desenvolver a capacidade de se colocar mais no lugar deles, o
que pode ajudar a criar bons vínculos.
3) Quais as vantagens em ter um amigo menino (em comparação com as
meninas)? Como “explorar” o máximo possível essa amizade?
Segue abaixo algumas vantagens e
como explorá-las:
a) Perspectiva: com amigos de
sexo diferente você tem acesso a outras visões sobre uma mesma coisa, tem mais
ideia de como os meninos são e pensam. E como eles veem as garotas, como
pensam sobre elas.
b) Sinceridade e o ombro amigo: muitas garotas
tem receio em contar determinadas informações para uma amiga, então preferem
contar para um garoto, em que este pode ouvir, dizer o que pensa e ainda
oferecer um ombro amigo. Muitos relatos de meninas dizem que a amizade com
meninos é bem melhor, pois eles são mais confiáveis e confidentes e não arrumam
confusão por qualquer coisa, principalmente, por serem mais “desencanados”. Além
disso, eles são muito mais sinceros, falam o que pensam...
c) Competição: a competição entre elas, em
geral, é muito grande. A mesma coisa acontece com os homens, que querendo ou
não acabam competindo, mesmo que seja por coisas insignificantes. Uma relação
com o sexo oposto evita a competição, o que abre espaço para uma amizade mais
saudável.
d) Divertidos: Os garotos, em geral, são mais divertidos,
brincalhões e podem fazem rir.
e) Racionais e emocionais: Em geral os garotos
são mais racionais, a convivência com eles faz com que as meninas também
desenvolvam repertórios e habilidades mais ligadas à solução de problemas e
aumenta a visão lógica do mundo nelas.
f) Aprender a lidar com críticas: Os
garotos, em geral, são mais ensinados a lidar com críticas do que as garotas.
Os garotos acreditam mais que a crítica surge para ajudar, enquanto as garotas
acreditam mais que a crítica é para ferir. Quando elas convivem com eles
aprendem mais a receber críticas sem se machucar tanto.
4) E as desvantagens?
É importante dizer que por mais
que a amizade entre sexo oposto seja boa, ela não é 100% certa de se manter
apenas como amizade. Algumas pesquisas revelam que em 80% dos casos das amizades tem
uma segunda intenção. Pode acontecer, por exemplo, de um se apaixonar e
o outro não. Aquela
amizade fica na balança, ela tem medo de namorar ele e depois terminar e tudo
acabar. Isso é um fato. Muitas amizades que viraram namoros e depois da
separação as amizades não voltaram a ser como era. Tudo isso é possível
acontecer porque os dois sexos se relacionam, de todas as maneiras possíveis,
afetuosas e claro sexuais. Não é a toa que algumas meninas sempre dizem “não” aos melhores amigos,
as garotas valorizam mais as amizades do que os desejos, como o sexo masculino.
Segundo algumas pesquisas sobre
amizade e gênero. As garotas e mulheres adultas são mais interessadas na
amizade que é mais profunda e mais moral, ou seja, elas estão mais interessadas
nas amigas, querem saber como estão, preocupam-se genuinamente com elas. Em
oposição, a pesquisa revela que os garotos e homens adultos estão interessados
mais nas vantagens que a amizade pode trazer. Ou seja, a amizade é mais baseada
em interesses: o que o meu amigo pode fazer por mim? Segundo os cientistas essa
diferença se deva ao fato dos homens ainda exercerem o papel de dominância e
controle na família e no trabalho e o das mulheres o papel de unir seus
integrantes com afeto por isso elas seriam mais solidárias.
As vezes, eles são mais irritantes porque tem
algumas brincadeiras desagradáveis ou de mal gosto.
5) Quais os cuidados que essa amizade inspira?
Se a pessoa é sua amiga, é normal
você sentir uma admiração muito grande por ela. Tenha cuidado para não
confundir isso com atração física. Caso acontecer do menino se apaixonar, tente
separar as coisas e diga que são apenas amigos e nada mais. Diga isso com
ternura e carinho. No início ele pode ficar magoado, mas no futuro ele pode
compreender o que aconteceu.
6) Como ser uma boa amiga para um menino?
Se você
conseguir participar de alguns programas de meninos você conseguirá criar mais
vínculo com ele. Você pode ir vê-lo jogar futebol ou assistir o jogo do seu time
preferido, você pode também jogar vídeo game, assistir aquele filme de
terror...
Muitas garotas deixam as amigas de lado quando estão namorando. Com os
meninos essa história é bem menos frequente. Eles não abrem mão do futebol e
conseguem conciliar amizade e namoro. Tente fazer o mesmo porque você terá
sempre um bom amigo por perto.
Eles são menos sentimentais e mais
desencanados. Enquanto você acorda muito tempo antes para ir para o colégio,
eles preferem mesmo é dormir mais e colocar ‘a primeira roupa que aparece na
frente’. Isso não quer dizer que você deva descuidar da aparência, mas tente se
importar menos com coisas sem importância, como estar maquiada em todas as
ocasiões, isso vai abrir espaço para amizade de vocês se fortalecer.
Os meninos não discutem por coisas simples ou
pequenas. Eles dificilmente vão chorar ou reclamar de coisas simples que estão
incomodando. Se eles não estão gostando de algo serão mais diretos. Por isso é
importante aprender a ser um pouco assim e não ficar tão chateada quando eles
forem dessa maneira.
Copyright © 2012 Reginaldo do Carmo Aguiar. Todos os direitos reservados.
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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.
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