Mostrando postagens com marcador Fobias. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Fobias. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Entrevista sobre fobias específicas para a Band Minas

Entrevista para o programa "Cada Dia" da Band Minas para falar sobre fobias específicas: um caso de fobia de aves e penas. Quem me entrevistou foi a simpática Poliana Rodrigues.
Aqui está o vídeo na íntegra: http://www.youtube.com/watch?v=w9V4NJ6cLUg
Copyright © 2013 Reginaldo do Carmo Aguiar. Todos os direitos reservados.
------------------------------------------------------------------------------------------------
Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Programa de televisão para falar sobre fobias, medos e ansiedades.

Participação do Programa de televisão Vida e Saúde com o apresentador Frei Rinaldo Stecanela da Emissora Tv Século 21 para falar sobre "Fobias, medos e ansiedades". O programa foi ao ar ao vivo no dia 02-08-2010 para todo o território brasileiro.
Copyright © 2010 Reginaldo do Carmo Aguiar. Todos os direitos reservados.

----------------------------------------------------------------------------------
Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Fobia em crianças, ansiedade, fobia específica, medo exagerado, fobia infantil, medo infantil, fobia infantil, crianças que tem medo. Campinas

O que é fobia específica?
A fobia é uma espécie de medo acentuado, excessivo, desmedido, na presença ou previsão de encontro com o objeto ou situação que causa ansiedade, num grau elevadíssimo, como por exemplo, no caso do dirigir, em que só em pensar em fazê-lo, a pessoa já se sente ansiosa, mesmo longe do carro. Ou no caso de uma reunião em que a pessoa precisará se expor, arranja uma desculpa e não vai, para não se expor, para não participar, não como estratégia de ação, mas por medo exacerbado.

E as fobias infantis a que estão ligadas?
As fobias infantis, assim como as do adulto, estão ligadas a um temor injustificado e não racional de objetos, seres ou situações, cuja falta de lógica é reconhecida pelo indivíduo, mas o domina repetidamente. Tem como consequência uma inibição no campo da ação e, quase sempre, no campo da representação.


Qual é o comportamento da criança fóbica?
Quando a pessoa se defronta com o objeto que lhe causa fobia, ela pode apresentar intensas reações de medo com alterações neuro-vegetativas associadas a um estado de tensão. Utiliza mecanismos que procuram evitar o objeto, gerando uma limitação do seu campo de ação por meio de esquivas de prevenção. Estas esquivas visam eliminar o objeto que causa fobia. Quando não se pode evitar o agente causador da fobia, reage-se com fuga, o que aumenta a tensão e ainda pode aumentar a fixação fobogênica, bem como o temor de futuras situações equivalentes. A criança procura correr para perto de um dos pais ou de alguém que a faça se sentir protegida. Pode apresentar reações de choro, desespero, imobilidade, agitação psicomotora ou até um ataque de pânico.


Quais as fobias específicas comuns em crianças?
Dentre as Fobias Específicas mais comuns na infância destacam-se as de pequenos animais, injeções, escuridão, medo de fantasmas e monstros, altura e ruídos intensos como o de fogos de artifício e de trovões.
Mas não seria comum as crianças terem medo?
Ter medo é algo comum principalmente na infância a diferença é que essas fobias diferenciam-se dos medos normais da infância por serem reações excessivas, exageradas, não adaptativas e que fogem do controle da criança.

Há alguma diferença entre os adultos e as crianças no que diz respeito a fobia específica?
As crianças apresentam uma grande diferença em relação aos adultos quanto à manifestação da fobia específica. Os adultos, assim como as crianças, não conseguem controlar suas reações perante o seu objeto fóbico, mas reconhecem que isso seja exagerado, ou mesmo absurdo, as crianças não. Para as crianças o pavor que sofrem diante de um inseto, um trovão ou uma bruxa é justificável pois para elas é como se eles realmente oferecessem perigo de morte ou fosse catastrófico. As crianças por serem imaturas não avaliam seus medos não se envegonham de exibí-los pois para elas é muito natural. Contudo, reconhecem que outras pessoas não sofrem dos mesmos medos e resentem-se quando zombam delas por isso. A criança assim como os adultos não conseguem superar seus medos, mas quando se vêem vítimas de maldades de coleguinhas tendem a esconder seus medos e até se isolarem quando a zombaria é frequente.

Quando se deve tratar a fobia nas crianças?
Quando os pais perceberem que a vida da criança e adolescente está ficando limitada e a dificuldade está interferindo nas outras áreas de sua vida.
Todas as fobias tem que ser tratadas?
Algumas fobias não terão necessidade de ser tratadas (por exemplo, se a pessoa tem fobia de cobras, mas mora na cidade, poderá conviver com este fato sem maiores problemas).

Há algum tratamento?
Para as Fobias específicas, o tratamento mais utilizado tem sido a terapia comportamental. Resumidamente, as técnicas utilizadas requerem exposição da criança ao estímulo fóbico, de forma gradual e bem controlada de maneira a produzir a extinção da reação exagerada de medo. A técnica mais empregada é a de exposição gradual ao estímulo, de acordo com uma lista hierárquica das situações ou objetos temidos. Tratamentos baseados na exposição freqüentemente são associados a outras técnicas comportamentais (técnica com demonstração prática pelo terapeuta e imitação pelo paciente durante a sessão; manejo de contingências - identificação e modificação de situações relacionadas ao estímulo fóbico, que não o próprio estímulo; procedimentos de autocontrole e relaxamento).


Há tratamento farmacológico?
O tratamento farmacológico das Fobias Específicas raramente é utilizado na prática clínica, e são poucos os estudos sobre o uso de medicações nesses transtornos.
________________________________________________________________

Curiosidade sobre a Fobia de tempestade
Chuva, trovões e raios, quando chega o verão, aumentam a ansiedade das pessoas que têm verdadeiro pavor de tempestades. Algumas delas não saem de casa sem antes consultar a previsão do tempo. O problema leva a uma série de limitações na vida profissional e pessoal dessas pessoas devido à esquiva, que é proeminente. Se estiver chovendo, dificilmente se aventuram a sair de casa. Há pessoas que, durante uma tempestade, fecham-se em armários e só se atrevem a sair depois que cessa o fenômeno. Algumas permanecem junto a seus cães de estimação que, como é sabido, também são excessivamente sensíveis aos ruídos de trovões e fogos de artifício. Outras cobrem-se para se sentirem mais protegidas.
Tal fobia, ao contrário do que se possa pensar, é bastante freqüente. Não se trata do medo natural que todos temos das intempéries e desgovernos da natureza, que mesmo existindo não impedem a vida social.
Nestes casos a pessoa vai se recluindo em sua residência até o ponto máximo em que chega a ficar "presa" à própria cama. Muitas vezes são as pessoas erroneamente, diagnosticadas como depressivas, (claro que também haverá frustração e portanto depressão nestes casos). No entanto trata-se de esquiva operante.
As pessoas deste quadro tendem a buscar, solicitar e requisitar que alguns de seus familiares assumam função de cuidadores de si ao menor sinal de chuva.
__________________________________________________________________
Há algumas fobias menos comuns:

1º. Antropofobia - Medo da sociedade humana ou aglomerações.
2º. Telefonofobia - Medo dos telefones
3º. Eleuterofobia - Medo de ter liberdade. Mais precisamente, "aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante de ter autonomia ou responsabilidade"
4º. Urofobia - Medo da urina ou de urinar
5º. Unatractifobia - Medo de pessoas feias
6º. Hipnofobia - Medo de dormir; horror ao sono
7º. Fonofobia - Medo e horror à sua própria voz e pavor de falar alto
8º. Fobofobia - Medo dos seus próprios medos; de ter algum tipo de fobia
9º. Catisofobia - Medo de sentar-se.
10º. Pantofobia - Medo de todas as coisas, ou todos os medos e fobias em um só. Pantofobia, em seu estado máximo, controla o comportamento humano de forma a matar o ser sem causas fisicas reais, ou seja, a Pantofobia induz ao suicídio biológico.
Fonte: Wikipedia

Copyright © 2007 Reginaldo do Carmo Aguiar. Todos os direitos reservados.
----------------------------------------------------------------------------------
Endereço e contato para atendimento clinico e palestras: ver em "Quem sou eu" na parte superior a direita da página.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

TOC, Transtorno Obsessivo Compulsivo, Transtorno Obsessivo-Compulsivo

Breve introdução sobre o TOC
Preocupar-se excessivamente com limpeza, lavar as mãos a todo o momento, revisar diversas vezes portas, janelas ou o gás antes de deitar, não usar roupas vermelhas ou pretas, não passar em certos lugares com receio de que algo ruim possa acontecer depois, ficar aflito caso os objetos sobre a mesa não estejam dispostos de uma determinada maneira... Esses são alguns exemplos de ações popularmente consideradas “manias” e que, na verdade, são sintomas de um transtorno: o transtorno obsessivo-compulsivo, ou TOC. Considerado raro até a pouco tempo, o TOC é um transtorno mental bastante comum, acometendo aproximadamente um em cada 40 ou 50 indivíduos. No Brasil, é provável que existam entre 3 e 4 milhões de portadores. Muitas dessas pessoas, embora tenham suas vidas gravemente comprometidas pelos sintomas, nunca foram diagnosticadas e tampouco tratadas. Talvez a maioria desconheça o fato de esses sintomas constituírem uma doença para a qual já existem tratamentos bastante eficazes. O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é atualmente classificado como um transtorno de ansiedade pela quarta edição do DSM-IV, e como um transtorno neurótico pelo CID-10. O DSM-IV pauta assim pelos seus critérios sobre o diagnóstico do TOC: a principal característica do transtorno são obsessões e/ou compulsões suficientemente graves para causar repercussão psiquiátrica marcante, consumo considerável de tempo (mais de uma hora por dia) e/ou interferências significativa na rotina habitual do individuo, em suas atividades sociais e interpessoais. Em algum ponto durante o curso do transtorno, a pessoa reconhece que suas obsessões ou compulsões são excessivas e irracionais.
Para fins diagnósticos, o conteúdo especifico das obsessões não pode estar relacionado a outros transtornos psiquiátricos, como pensamentos relacionados a comida ou ruminações de culpa associadas a quadros de depressão.
Há criança tem TOC?
Os critérios diagnósticos para o TOC no inicio da infância são os mesmos, com exceção de que o reconhecimento por parte do individuo de que suas obsessões e/ou compulsões sejam excessivas e/ou pouco razoáveis não é necessário para o diagnostico de TOC em crianças.
O que são obsessões e compulsões?
Podemos definir as obsessões como idéias, pensamentos, imagens ou ações que invadem a mente de forma repetitiva e persistente e aumentam a ansiedade ou o desconforto, e as compulsões como idéias, imagens ou ações que reduzem a ansiedade pela esquiva ou neutralização daqueles eventos.
As obsessões podem ainda ser imagens, palavras, frases, números, músicas, etc. Sentidas como estranhas ou impróprias, as obsessões geralmente são acompanhadas de medo, angústia, culpa ou desprazer. O indivíduo, no caso do TOC, mesmo desejando ou se esforçando, não consegue afastá-las ou suprimi-las de sua mente. Apesar de serem consideradas absurdas ou ilógicas, causam medo, aflição ou desconforto que a pessoa tenta neutralizar realizando rituais ou compulsões, ou através de evitações (não tocar, evitar certos lugares).
Quais são as obsessões mais comuns?
As obsessões mais comuns envolvem:
• Preocupação excessiva com sujeira, contaminação.
• Dúvidas.
• Preocupação com simetria, exatidão, ordem ou alinhamento.
• Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir outras pessoas.
•Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios, relacionados a sexo (comportamento sexual violento, abusar sexualmente de crianças, homossexualidade, falar obscenidades).
• Armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar.
• Preocupações com doenças ou com o corpo.
• Religião (pecado, culpa, escrúpulos, sacrilégios ou blasfêmias).
• Conteúdo mágico: preocupação com números especiais, cores de roupa, datas e horários (podem provocar desgraças).
• Palavras, nomes, cenas ou músicas intrusivas e indesejáveis.
As Compulsões ou rituais são comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, executados em resposta a obsessões, ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente. Os exemplos mais comuns são lavar as mãos, fazer verificações, contar, repetir frases ou números, alinhar, guardar ou armazenar objetos sem utilidade, repetir perguntas, etc. As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade a ansiedade associada às obsessões, levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por um pensamento obsessivo. Por esse motivo se diz que as compulsões têm uma relação funcional (de aliviar a aflição) com as obsessões. E, como são bem sucedidas, o indivíduo é tentado a repeti-las, em vez de enfrentar seus medos, o que acaba por perpetuá-los, tornando-se ao mesmo tempo prisioneiro dos seus rituais.Nem sempre as compulsões têm uma conexão realística com o que desejam prevenir (p ex., alinhar os chinelos ao lado da cama antes de deitar para que não aconteça algo de ruim no dia seguinte; dar três batidas em uma pedra da calçada ao sair de casa, para que a mãe não adoeça). Nesse caso, os rituais são chamados de mágicos.Os dois termos (compulsões e rituais) são utilizados praticamente como sinônimos, embora o termo “ritual” possa gerar alguma confusão, na medida em que praticamente todas as religiões adotam comportamentos repetitivos (rituais) e contagens nas suas práticas: ajoelhar-se três vezes, rezar seis ave-marias, ladainhas, rezar 3 ou 5 vezes ao dia. Existem rituais para batizados, casamentos, funerais, etc. Além disso, certos costumes culturais, como a cerimônia do chá entre os japoneses, o cachimbo da paz entre os índios, ou um funeral com honras militares, envolvem ritos que lembram as compulsões do TOC. Por esse motivo, há certa preferência para o termo “compulsão” quando se fala em TOC.
Quais são as compulsões mais comuns?
As compulsões mais comuns são:
• De lavagem ou limpeza.
• Rerificações ou controle.
• Repetições ou confirmações.
• Contagens.
• Ordem, simetria, seqüência ou alinhamento• Acumular, guardar ou colecionar coisas inúteis.
• Compulsões mentais: rezar, repetir palavras, frases, números.
• Diversas: tocar, olhar, bater de leve, confessarCompulsões MentaisAlgumas compulsões não são percebidas pelas demais pessoas, pois são realizadas mentalmente e não mediante comportamentos motores, observáveis. Elas têm a mesma finalidade: reduzir a aflição associada a um pensamento. Alguns exemplos:
• Repetir palavras especiais ou frases
• Rezar
• Relembrar cenas ou imagens.
• Contar ou repetir números.
• Fazer listas.
• Marcar datas.
• Tentar afastar pensamentos indesejáveis, substituindo-os por pensamentos contrários.
Então o que é o TOC?
O TOC é um transtorno mental incluído pela classificação da Associação Psiquiátrica Americana entre os chamados transtornos de ansiedade. Está classificado ao lado das fobias (medo de lugares fechados, elevadores, pequenos animais – como ratos ou insetos, de alturas), da fobia social (medo de expor-se em público ou diante de outras pessoas), do transtorno de pânico (ataques súbitos de ansiedade e medo de freqüentar os lugares onde ocorreram os ataques, como lugares fechados, aglomerações de pessoas), etc. Os sintomas do TOC envolvem alterações do comportamento (rituais ou compulsões, repetições, evitações), dos pensamentos (dúvidas, preocupações excessivas, pensamentos de conteúdo impróprio ou “ruim”, obsessões) e das emoções (medo, desconforto, aflição, culpa, depressão). Sua característica principal, como já comentamos, é a presença de obsessões e/ ou compulsões ou rituais. Além disso, os portadores do TOC sofrem de muitos medos (de contrair doenças, cometer falhas, ser responsáveis por acidentes). Em razão desses medos, evitam as situações que possam provocá-los. As evitações, embora não específicas do TOC, são, em grande parte, as responsáveis pelas limitações que o transtorno acarreta. Esses são os sintomas-chave do TOC. É importante que você aprenda a identificá-los (objetivo principal desse capítulo), pois, para vencer o transtorno, o primeiro passo é ser capaz de reconhecer todas as suas manifestações.
Vejamos, então, o que são obsessões, compulsões ou rituais, que são os sintomas que caracterizam o TOC.
Avalie a possibilidade de você ser ou não um portador do TOC• Preocupo-me demais com sujeira, germes, contaminação, pó ou doenças.
• Lavo as mãos a todo o momento ou de forma exagerada.
• Limpo ou lavo demasiadamente o piso, móveis, roupas ou objetos.
• Tomo vários banhos por dia ou demoro demasiadamente no banho.
• Não toco em certos objetos (corrimãos, trincos de portas, dinheiro, etc.) sem lavar as mãos depois.
• Evito certos lugares (banheiros públicos, hospitais, cemitérios) por considerá-los pouco limpos ou achar
que posso contrair doenças.
• Verifico portas e janelas mais do que o necessário;
• Verifico repetidamente o gás, o fogão, as torneiras e os interruptores de luz após desligá-los
• Minha mente é invadida por pensamentos desagradáveis e impróprios, que me causam aflição e que nem sempre consigo afastá-los.
• Tenho sempre muitas dúvidas, repetindo várias vezes a mesma tarefa ou pergunta para ter certeza de que não vou errar
• Preocupo-me demais com a ordem, o alinhamento ou simetria das coisas, e fico aflito(a) quando estão fora do lugar.
• Necessito fazer coisas de forma repetida e sem sentido (tocar, repetir certos números, palavras ou frases).
• Sou muito supersticioso com números, cores, datas ou lugares.
• Necessito contar enquanto estou fazendo coisas.
• Guardo coisas inúteis (jornais velhos, caixas vazias, sapatos ou roupas velhas) e tenho muita dificuldade em desfazer-me delas.
Caso tenha respondido positivamente a uma ou mais dessas afirmativas, é provável que você seja portador do TOC. Para o diagnóstico definitivo, os sintomas devem causar desconforto ou interferir de forma significativa nas suas rotinas, no seu desempenho profissional, ou nas suas relações sociais e ocupar pelo menos uma hora por dia do seu tempo. Em caso positivo ou se tiver dúvidas, discuta com seu médico.
Por que o TOC é problemático?
O TOC é considerado uma doença mental grave por vários motivos: está entre as dez maiores causas de incapacitação, de acordo com a Organização Mundial de Saúde; acomete preferentemente indivíduos jovens ao final da adolescência – e muitas vezes começa ainda na infância, sendo raro seu início depois dos 40 anos; seu curso geralmente é crônico, e se não tratado, se mantém por toda a vida O mais comum é que ocorram flutuações na intensidade dos sintomas ao longo da vida, raramente desaparecendo por completo. Em aproximadamente 10% dos casos, tendem a um agravamento progressivo, podendo incapacitar os portadores para o trabalho e acarretar sérias limitações à convivência com as outras pessoas, além de submetê-los a um grande e permanente sofrimento.
É muito comum que, na mesma família, várias pessoas sejam acometidas. Sabe-se que, por exemplo, diante de algum caso de TOC na família, a chance de existir outro aumenta em quatro a cinco vezes. Essa incidência aponta para um componente familiar e possivelmente genético dentre as suas diversas causas.
Os sintomas do TOC interferem de forma acentuada na vida da família. A doença altera rotinas, exige que a família se acomode aos sintomas. É comum a restrição ao uso de sofás, camas, roupas, toalhas, louças e talheres, bem como ao acesso a determinados locais da casa. Outros problemas típicos são a demora no banheiro e as lavagens excessivas das mãos, das roupas e do piso da casa. Os portadores do TOC normalmente obrigam os demais membros da família a fazerem o mesmo, mas os medos exagerados, os cuidados excessivos e as exigências nem sempre são compreendidos ou tolerados pelos demais. De modo geral, essa diferença provoca discussões, atritos, exigências irritadas no sentido de não interromper os rituais ou de participar deles, dificuldades para sair de casa e atrasos que comprometem o lazer e as rotinas. Não raramente, as atitudes e dificuldades de relacionamento provocam a separação de casais ou a demissão de empregos.
Quais as causas do TOC?
A ciência tem conseguido esclarecer vários fatos em relação ao TOC embora não consiga ainda esclarecer suas verdadeiras causas. Provavelmente concorrem vários fatores para o seu aparecimento: de natureza biológica envolvendo aspectos genéticos, neuroquímica cerebral, lesões ou infecções cerebrais; fatores psicológicos como a aprendizagem; certas formas errôneas de ver e interpretar a realidade próprias dos portadores do TOC, e até culturais.
Na medida em que as pesquisas avançam tem ficado mais evidente a importância dos fatores de natureza biológica. As evidências neste sentido são o fato de o TOC ocorrer após traumatismos, lesões ou infecções cerebrais; ser muito comum que numa mesma família existam vários indivíduos acometidos sugerindo uma predisposição genética. Além destes fatos foi sobretudo importante a descoberta de que determinados medicamentos que estimulam de alguma forma a assim chamada função serotonérgica cerebral reduzem os sintomas de TOC. Este último fato nos faz pensar que possa existir um distúrbio neuroquímico do cérebro envolvendo o funcionamento das vias nervosas que utilizam a serotonina (substância que existe naturalmente no cérebro) para transmitir seus impulsos.
Observou-se ainda que certas zonas cerebrais são hiperativas em portadores de TOC, isto é, funcionam mais do que em indivíduos normais (na parte frontal - região periorbital, em regiões mais profundas do cérebro - gânglios ou núcleos da base). Esta hiperatividade tende a se normalizar tanto com o tratamento farmacológico bem como com a terapia cognitivo-comportamental. Como se vê, são evidências, embora muito genéricas, para a hipótese de que existe algum tipo de disfunção neuroquímica no funcionamento cerebral.
Existem, entretanto, fatos que a pesquisa não conseguiu esclarecer: a resposta de muitos pacientes aos medicamentos inibidores da recaptação da serotonina é parcial ou muitas vezes nula, e se desconhece o motivo. Além disso ocorrem obsessões e compulsões em doenças neurológicas como encefalites, associadas a tiques - no assim chamado Transtorno de Gilles de la Tourette, à febre reumática ou mesmo a outras doenças nervosas ou psiquiátricas. São fatos cujo esclarecimento continua desafiando os cientistas do mundo inteiro.
Sabe-se ainda que fatores de natureza psicológica influem no surgimento, na manutenção e no agravamento dos sintomas de TOC. É bastante comum que os sintomas surjam depois de algum estresse psicológico; conflitos psíquicos agravam os sintomas, e tem cada vez ficado mais claras certas alterações no modo de pensar, de perceber e avaliar a realidade por parte destes pacientes. Eles tendem a supervalorizar a importância dos pensamentos como se pensar fosse o mesmo que agir; tendem a supervalorizar o risco e as possibilidades de ocorrerem eventos desastrosos (contrair doenças, perder familiares, contaminar-se); tendem a superestimar a própria responsabilidade quanto a provocar ou prevenir eventos futuros; são perfeccionistas, perdendo muito tempo com a preocupação de fazer as coisas bem feitas e evitar possíveis falhas ou imperfeições e imaginam modificar o curso futuro dos acontecimentos com a execução dos rituais (pensamento mágico). Cada paciente pode apresentar uma ou mais destas distorções, que são mantidas mesmo as evidências sendo contrárias a elas, ou apesar de não terem comprovação na realidade.
Estes pacientes aprendem a usar rituais ou outras manobras psicológicas como atos mentais e a evitação como forma de aliviar a aflição que normalmente acompanha as obsessões, e por este motivo passam a repetí-los, mesmo que isto significa estar mantendo a doença.Evitam também de enfrentar seus temores até mesmo para confirmar que são infundados, o que permitiria livrar-se deles.
Supõe-se ainda que fatores ligados ao tipo de educação (mais ou menos severa ou exigente, incutindo culpa ou não), ao tipo de cultura social e familiar, possam também influir sob a forma de crenças e regras que regem a vida da pessoa criando uma espécie de terreno propício para o surgimento do transtorno. Por estes motivos usualmente se associam aos medicamentos, terapias psicológicas - a terapia cognitivo-comportamental no seu tratamento.
Há alguma psicoterapia eficaz para o TOC?Um aspecto importante do tratamento do TOC é a chamada terapia comportamental considerada um dos tratamentos de primeira linha, juntamente com os medicamentos. A Terapia Comportamental baseia-se na constatação de que, se o paciente desafia seus medos, por exemplo, expondo-se às situações que evita ou tocando nos objetos que considera contaminados (exposição) e, ao mesmo tempo, deixa de realizar os rituais de descontaminação ou verificações (prevenção da resposta), embora num primeiro momento a aflição aumente, em pouco tempo ela tende a diminuir até desaparecer por completo espontaneamente (habituação). Repetindo tais exercícios os medos de tocar em coisas sujas ou contaminadas, de fazer verificações ou a necessidade de realizar rituais acabam desaparecendo por completo. Eu suma:Exposição + Prevenção da Resposta => Habituação => Desaparecimento dos sintomas
O que é uma exposição?
Exposição é o ato de tocar em objetos, móveis, roupas, partes do corpo, freqüentar locais evitados, ou de evocar frases, palavras, números, imagens ou cenas normalmente mantidas afastadas da mente, em razão do desconforto que provocam.
O que é prevenção de respostas?
Prevenção de respostas é o ato de abster-se de realizar rituais ou compulsões, rituais mentais ou quaisquer manobras destinadas a neutralizar a ansiedade associada a obsessões ou à não realização das referidas compulsões.
O que mais a Terapia Comportamental utiliza?
Além da exposição e da prevenção da resposta, a Terapia Comportamental utiliza uma série de outras técnicas para correção das crenças e pensamentos distorcidos existentes no TOC com o objetivo de realizar a assim chamada reestruturação cognitiva: treino na identificação de pensamentos e crenças distorcidas; correção através do questionamento e busca de evidências quanto à sua sua validade, experimentos comportamentais para testá-las, exposição aos pensamentos ouvindo fitas gravadas ou escrevendo, etc.
Os objetivos do tratamento são a redução dos sintomas-alvo e o aprendizado de estratégias para lidar com as obsessões e premência compulsiva no faturo. O cerne do tratamento comportamental é:
-A exposição prolongada e a prevenção de respostas.
-Teste de realidade. A avaliação negativa do pensamento intrusivo que causa desconforto eleva a comportamentos compulsivos que visam neutralizar o pensamento. A correção da avaliação negativa das obsessões é o que reduz a ansiedade no TOC- é preciso confrontar as crenças.
No tratamento infantil, é importante estar sempre atento a idade e nível de desenvolvimento; educar pais; cuidadores, professores e todos que convivem com a criança.

Teorias Sobre o TOC:a) Hipótese serotonérgica do TOC- respondem melhor : clomipramina, fluvoxamina, a fluoxetina, osertralina e a paroxetina (receptadores de serotonina).
b) Condicionamento pavloviano pela associação entre um estimulo aversivo e um estimulo novo. Resposta de fuga se transformam em respostas de esquiva por meio de reforço negativo.
c) O individuo com TOC, faz uma fusão regra-ação: idéia de que pensamentos indesejáveis sobre ações disruptivas equivale as suas próprias ações- moral, mas se pensar em um evento negativo, aumente a probabilidade que ele aconteça- probabilística consigo ou com o outro.
As pessoas com TOC acreditam que seus pensamentos inaceitáveis sobre a moral equivale a ação, elas se sentiriam desconfortáveis com tais pensamentos. E acreditar que pensar em eventos desagradáveis aumenta a sua probabilidade, os faz engajar em comportamentos para neutralizar o pensamento ou prevenir que ocorram conseqüências desastrosas.
o afeto negativo (ansiedade e depressão) perece ter o papel de variável mediacional entre o TOC e a TAF, mostrando que escores altos no BDI relaciona-se com TAF moral e escores elevados na escala de ansiedade, relaciona-se com a TAF probabilística pessoal e com os outros.

Boa partes desse texto foi extraído do artigo: TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO: PERGUNTAS E RESPOSTAS de Aristides Volpato Cordioli, Elizeth Heldt e Andréa Litvin Raffin.


Copyright © 2007 Reginaldo do Carmo Aguiar. Todos os direitos reservados.
-----------------------------------------------------------------------------------
Endereço e contato para atendimento clinico e palestras: ver em "Quem sou eu" na parte superior a direita da página.

Ataque do pânico, síndrome do pânico

As crianças e adolescentes podem ter ataques de pânico?
As pesquisas investigaram se estes podem apresentar ataques espontâneos de pânico, não desencadeados por um estímulo específico. No entanto não há prevalências destes ataques antes da puberdade. Isto pode ser devido à:
Baixa prevalência do transtorno na infância.
Falta de instrumentos adequados para o diagnóstico, ou diagnósticos equivocados.
Crianças com TP são atendidas pelo pediatra que toma os sintomas como problemas somáticos.

Last e Strauss (1989) TP em crianças e adolescentes: palpitações cardíacas, tremores, dificuldade respiratória e tontura.

Kearney, et al. (1997) primeiro estudo a investigar empiricamente o TP em crianças: queixas somáticas (pulso acelerado, náuseas, calafrios ou sufocamento, tremor ou nervosismo). As crianças tendiam a evitar lugares com pessoas desconhecidas, apresentavam depressão, maior ansiedade de traço e sensibilidade à ansiedade. A idade de início pode estar depois dos 14 anos. O DSM_IV_TR indica o início no fim da adolescência e por volta dos 35 anos.


Quais são características do Transtorno de Pânico(TP)?
Característica essencial do pânico (DSM_IV_TR): presença recorrente de ataques de pânico, que podem durar minutos ou horas e consistem em uma série de sintomas aversivos, somáticos e cognitivos, que freqüentemente atingem sua intensidade nos primeiros 10 minutos e diminuem gradativamente. Distingue o TP com ou sem agorafobia.
Os ataques podem ser inesperados, situacionalmente predispostos ou situacionalmente determinados. Os sintomas do TAS podem se desenvolver como resposta aos ataques de pânico.


Copyright © 2007 Reginaldo do Carmo Aguiar. Todos os direitos reservados.
-----------------------------------------------------------------------------------
Endereço e contato para atendimento clinico e palestras: ver em "Quem sou eu" na parte superior a direita da página.