quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dicas para não desistir da atividade física: Revista Boa Forma

A jornalista Rita Trevisan fez uma entrevista comigo para a revista Boa Forma, em que o intuito era dar dicas às leitoras de como mudar certas atitudes, ser mais autoconfiante e se valorizar. Além disso, no novo ano que esta por vir o que elas podem fazer para não desistir dos seus sonhos e conseguir alcançar as metas que todo ano elas estabelecem e não conseguem atingir. A entrevista está na íntegra:

1. Até que ponto o fator psicológico influencia na força de vontade para pegar firme na ginástica? Por quê?
O fator psicológico influencia muito porque envolve fatores motivacionais e que estão diretamente relacionados a parte emocional dos seres humanos. Vale lembrar que o cérebro de um indivíduo é constituído de parte razão e parte emoção. Inclusive, uma pessoa pode ser inteligente, mas se ela não tiver equilíbrio entre razão e emoção ela toma decisões ou faz escolhas erradas e depois sentir-se fracassada. Em oposição uma pessoa motivada e que desenvolveu certa autoconfiança em algumas áreas pode usar tais habilidades para alcançar objetivos em outras áreas. Além disso, a forma como interpretamos e pensamos influencia o nosso comportamento. Neste sentido a atividade física envolve desenvolver também pensamentos e regras que aumente o desempenho do praticante. E além do mais uma pessoa mais equilibrada emocionalmente estabelece metas alcançáveis e reais, e alcançando isso aumenta sua autoconfiança e, portanto, seu modo de pensar e agir.  Por todos esses fatores e outros, uma pessoa equilibrada emocionalmente tem mais chances de alcançar ou realizar atividades físicas com mais sucesso.
2. É possível usar o fator psicológico a nosso favor, nessas horas? Como controlar os pensamentos para não desistir dos exercícios?
Sim. Existe na Psicologia do Esporte e na Psicologia Comportamental, um conceito conhecido como auto-fala que ajuda as pessoas a não desistirem dos seus exercícios e a melhorar seu desempenho. A auto-fala, a grosso modo, é o nome científico dado para o diálogo interno ou diálogo consigo mesmo. A auto-fala é um conjunto de regras, pensamentos e crenças de enfrentamento para colocar o comportamento do atleta sob controle da atividade a fim de melhorar sua concentração e desempenho. A auto-fala pode ser descrita como falar para si mesmo, pensar em voz alta. Pensar alto é algo que aprendemos a fazer quando crianças, porque nos ajuda a realizar tarefas de forma mais eficiente. A auto-fala é utilizada para direcionar a atenção do atleta para o estímulo adequado. A idéia é que focalizar o pensamento desejado levará a ação desejada. A auto-fala de conteúdo emocional pode ser utilizada para motivar o atleta em determinadas situações, por exemplo, quando um atleta fala pra si mesmo: “Vamos lá que você consegue!; Você está indo bem!; Você é esforçada!; Falta pouco!; Quanto mais você lutar mais forte será!” Provavelmente uma corredora pode se beneficiar deste tipo de auto-fala em momentos que quer desistir da atividade.
3. Como acabar com a sensação de frustração ao não levar uma modalidade esportiva adiante?
Não alcançar determinados objetivos na vida é normal e isto ocorre porque ora ou outra fracassamos. Faz parte da vida. O importante é fazer uso dos fracassos e aprender com os erros passados. O que poderei fazer daqui pra frente? Quais informações importantes tiro com o meu fracasso? Será que eu planejei direito as coisas?
4. Por outro lado, como encontrar o exercício físico que mais tenha a ver conosco? Até que ponto nosso jeito de ser influencia na hora da escolha? Por quê?
Em geral, todas as pessoas tem um perfil psicológico e tem um correspondente nas práticas físicas. Pessoas mais sociáveis, por exemplo, tendem a praticar e ficar mais satisfeitas em esportes de equipe. Já pessoas mais vaidosas tendem a fazer musculação ou ginásticas e se sentirem mais realizadas. É como se tais práticas realizassem suas necessidades emocionais.
Em alguns casos relembrar as atividades físicas realizadas na infância pode dar idéia de alguma pratica que continua saborosa. Quando menina, por exemplo, gostava de jogar vôlei e provavelmente se voltar a jogar vai sentir parte daquele prazer passado.  E ainda, procurar atividades lúdicas e divertidas é outra alternativa que colabora com o envolvimento de atividades físicas. 
Vale a pena também testar modalidades diferentes. Tem gente que detesta musculação, então, pode escolher outra atividade – não importa qual. O importante é ter o gasto energético. Todo exercício mexe com o corpo e vale testar alguns para encontrar o que mais produz prazer.
5. É possível reforçar o ânimo, a autoconfiança e a motivação na hora da malhação? Como?
Tudo é uma questão de prática: ter uma rotina e colocar como uma de suas prioridades o seu bem estar. Quanto mais se exercita, mais quer continuar – se depois de dois meses a pessoa diminui em 50% a frequência nas aulas é porque há uma forte tendência de parar de vez. Por isso, deve se esforçar para não faltar e treinar o maior número de vezes por semana possível. Só assim vai perceber mudanças positivas no corpo, motivar-se, ter prazer, fazer amigos, e portanto, inserir a ginástica na sua rotina. E isso pode ocorrer através do estabelecimento de metas alcançáveis. Se vai praticar uma corrida, por exemplo, estabeleça metas alcançáveis e gradual e levemente aumente os seus limites. Apesar de ser um passo saudável, a transição de uma vida sedentária para uma rotina de exercícios deve ser gradual e realizada com acompanhamento médico. Uma iniciante, por exemplo, pode fazer uma planilha com seu progresso. Ela pode preencher uma planilha com seus dados toda semana e checar se a sua performance está mesmo melhorando como o previsto. E estabelecer determinado auto-elogios ou prêmios por cada conquista ou até mesmo falar para as amigas sobre seu desempenho.
6. É possível dar dicas práticas às leitoras de como mudar as próprias atitudes para evitar a autosabotagem?
a) Escolher um local que seja perto: É importante avaliar bem se vai ter energia de se deslocar para chegar até o parque ou à academia. Informar-se a respeito de praças, ciclovias e parques mais próximos de sua residência.
b) Iniciar com atividade mais leves: É importante começar com práticas leves e de baixo impacto, como caminhadas, atividades aquáticas e passeios de bicicleta, preferencialmente em locais planos. No início, o objetivo não é ficar linda, queimar gordura ou ganhar tônus muscular. A meta é desenferrujar, colocar o corpo em movimento para descobrir o prazer dos exercícios. Entidades ligadas à atividade física recomendam 30 minutos de prática diária para manter níveis saudáveis de condicionamento. Para quem está parado há muito tempo, o ideal é fazer exercícios três vezes por semana em dias alternados e progredir gradativamente para cinco vezes por semana.
c) Superar a si mesmo: Lembrar que o seu maior inimigo é você mesmo e, portanto, não se deve comparar-se com os outros.
d) Malhar e namorar ao mesmo tempo: se o amor anda reclamando de falta de atenção, convide-o para suar ao seu lado. Se ele já pratica alguma atividade física melhor ainda. Um estudo feito pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, concluiu que muitas mulheres são motivadas pelo companheiro a mexer o corpo.
e) Estabelecer autofalas adequadas: 1) a auto-fala deve ser breve e simples foneticamente; 2) precisa estar associada logicamente à habilidade executada; 3) tem que ser compatível com o tempo disponível para execução da tarefa.
f) Mentalizar para aumentar a motivação: Outra técnica bastante utilizada é o treinamento mental que é o processo de imaginar-se e sentir-se desempenhando uma atividade. Essa técnica deve envolver todos os sentidos utilizados ao se executar realmente a habilidade que está sendo visualizada. Inicialmente o atleta deve utilizar o treinamento mental para habilidades mais simples e depois praticar as mais complexas. Recomenda-se também que a habilidade ou evento imaginado se aproximem do ritmo ou velocidade do desempenho real. É fundamental que o praticante sempre imagine que está sendo bem sucedido.
g) Convidar outras pessoas e organizar grupos para praticar atividades físicas: O espírito de equipe é estimulante isto porque fazer parte de uma turma envolve cumprir unida todas as metas desafiadoras estabelecidas pelo professor. Dessa forma, até mesmo as propostas individuais se tornam mais instigantes e fáceis de conquistar. Experimente fazer aula em grupo. Quem se exercita em turma se envolve mais com o esporte e, consequentemente, permanece mais na academia do que as pessoas que se isolam fazendo musculação, bike ou esteira. A prática da dança de salão é um bom exemplo.
h) Por falta de tempo pode-se usar alternativas: Usar menos o carro, buscar alternativas. Usar a bicicleta para se deslocar. Ou ainda procurar descer alguns pontos antes do seu destino para caminhar mais.
i) Respeitar o corpo: Respeitar seus limites, fazer pausas para alongamentos ou para conversar...
j) Ver pequenas melhoras: Você pode, por exemplo, tirar uma foto de biquíni quando começar a malhar e algum tempo depois para ver a melhora. Pode também adotar uma roupa como referência: nada melhor do que aquele jeans antigo para comprovar se a malhação está ou não surtindo efeito. A sugestão é separar uma calça que a pessoa adorava vestir e que seja do manequim que deseja voltar a usar. O ideal é experimentá-la regularmente, aproximadamente três vezes por mês. E perceber a diferença.
k) Pagar para praticar uma atividade física: É paradoxal mais é o que acontece. Quanto mais a pessoa gasta por mês maior é sua assiduidade no treino. O investimento faz o cliente pensar. Outro fator é o conforto: em muitas academias o espaço é grande e não faltam aparelhos à disposição. As grandes também são as pioneiras em lançar aulas e equipamentos novos.
l) Respeite seu horário para treinar – estudos comprovam que durante o dia nosso organismo funciona com mais eficácia do que à noite. Portanto, malhe cedo ou à tarde, especialmente se quiser emagrecer. Mas, se você só tem pique quando escurece, vá em frente. Melhor exercitar-se nesse período do que ficar parado.
m) Ajuda especializada: Em alguns casos um Personal trainer e/ou apoio psicológico de um psicólogo de preferência do esporte pode ser útil.

sábado, 22 de outubro de 2011

Programa Oriente-se para falar sobre os sonhos e projetos para o próximo ano

 Dia 21-10-2011 foi gravado na TV Século 21 um programa de fim de ano para falar de como lidar com as frustrações do ano que passou e estabelecer metas, projetos e sonhos mais alcançáveis no ano próximo. Esteve presente também o carismático terapeuta transpessoal Flávio Verdum. Entre os temas, discutirá sobre: o primeiro filho, a importância da família, tristeza de fim de ano, como lidar com o desemprego, a importância dos sonhos e metas alcançaveis, o equilíbrio financeiro... O programa "Oriente-se" será transmitido na véspera do ano novo (31-12-2011) as 9:00 da manhã. Não percam.
Copyright © 2011 Reginaldo do Carmo Aguiar. Todos os direitos reservados.

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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.

sábado, 24 de setembro de 2011

Programa Oriente-se para falar sobre depressão

 Dia 24-09-2011 ao vivo no programa Oriente-se da TV Século 21 para falar sobre depressão. Esteve presente o psiquiatra Geraldo José Ballone, a psiquiatra Débora Christina Ribas D´Ávila, O padre Oswaldo Gerolin Filho e o psicólogo Reginaldo do Carmo Aguiar.





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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Entrevista concedida a Rádio Nacional da Amazônia para falar sobre os efeitos do Facebook e do Twiter na vida dos jovens

A Rádio Nacional da Amazônia (antiga Radiobrás) é um canal de comunicação popular que fortalece o ele entre as comunidades da Amazônia, valorizando e divulgando a diversidade cultural da região. As pautas nascem das demandas da população amazônida por inclusão social.Inaugurada em 1 de setembro de 1977, a emissora transmite em ondas curtas para a região amazônica, com cobertura de mais da metade do território nacional. Atinge, potencialmente, 60 milhões de habitantes, com um sinal que chega em toda a região norte, além de Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e outros estados.

A entrevista foi concedida por telefone no dia 02 de agosto as 14:20 ao vivo para falar sobre os efeitos do facebook e do twiter na vida dos jovens e o que pais podem fazer para lidar com isso.



quinta-feira, 28 de julho de 2011

Programa mulher.com para falar sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

Programa Mulher.com da TV Século 21 para falar sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). O programa foi ao ar ao vivo no dia 25-07-2011 as 15:00.













Segue a entrevista em vídeo para assistir:Entrevista sobre TOC no mulher.com

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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Programa Terapia do Amor

Programa Terapia do Amor da Rede Record e Rede Família de Campinas para falar sobre solidão e sobre casais que se separam e as consequências disso. A entrevista foi feita pela repórter Daniele Fernandes da IURD no consultório do terapeuta.


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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.

Programa Point Oficina 21 para falar sobre jogos de video game

 Programa Point Oficina 21 da TV Século 21 para discutir sobre os jogos de video game e os efeitos sobre os jovens. O programa foi ao ar ao vivo no dia 05-07-2011 as 21hs e com reprise no dia 10-07-2011.
Veja os videos do programa:
Vídeo 1: https://www.youtube.com/watch?v=5k0avJyV84c
Vídeo 2: https://www.youtube.com/watch?v=gS2t0BC3XQk
Vídeo 3: https://www.youtube.com/watch?v=KabcdolUYug

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Reginaldo do Carmo Aguiar é psicólogo clínico comportamental, analista do comportamento e estudioso das Neurociências.