Desamparo Aprendido -
a) Desamparo aprendido como efeito comportamental e como interpretação do efeito.
Efeito comportamental é a dificuldade de aprendizagem em função da exposição prévia a eventos de estímulos incontroláveis. A Interpretação do efeito é uma interpretação teórica. Há duas hipóteses do Desamparo Aprendido: A original, que é uma hipótese mentalista dos pesquisadores Seligman & Maier dizem que a “expectativa” (de ausência de controle) é a principal. Que envolve uma condição circular e processos inferidos. O ponto conflitante disto está no pressuposto predominante de que o ser humano é essencialmente distinto do restante dos animais em função de que apenas ele tem, além do corpo, a mente. Esse dualismo mente/corpo justifica que a maior pane das diferentes correntes teóricas dentro da Psicologia estabeleça a mente como seu objeto de estudo ou, ao menos, como a variável crítica que intermedia todos os comportamentos humanos. Assim, se se considera que o comportamento humano é determinado pela mente, e se a mente é própria do Homem, a proposição de modelos animais de psicopatologias se torna absurda pois seria estar buscando em animais processos que são próprios do ser humano. O desamparo aprendido foi proposto como modelo animal de depressão há quase duas décadas sendo desde então bastante utilizado em diferentes tipos de pesquisa. Embora o estudo do desamparo tenha se originado de investigações voltadas para a análise de interações entre contingências respondentes e operantes, a partir da sua associação com a depressão ele passou a ser amplamente utilizado como um modelo para o teste de drogas e alterações bioquímicas, ficando a análise funcional desse comportamento relegada a segundo plano. Esse abandono da análise funcional do desamparo reduziu o potencial de contribuição desses estudos para a compreensão do comportamento em geral, e da possível similaridade do desamparo com a depressão humana. Diferentes formulações teóricas foram apresentadas para explicar o desamparo, sendo que a maioria delas propõe que a experiência com os choques incontroláveis tem como efeito principal tornar o sujeito menos ativo. Essa inatividade pode ser aprendida através de contingências acidentais supostamente presentes na condição de incontrolabilidade, ou pode ser decorrente da depleção de alguns neurotransmissores cerebrais que reduziria a atividade motora do sujeito. Aprendida ou imposta bioquimicamente, a inatividade teria como conseqüência dificultar a inicializacão da resposta de teste, reduzindo o contato do sujeito com a contingência operante.Em suma, essas hipóteses sugerem que a dificuldade de aprendizagem operante observada nesses estudos é meramente um subproduto da baixa atividade locomotora dos animais e não um processo de aprendizagem em si.
Já a segunda hipótese é a da Análise do Comportamento que é uma visão monista do indivíduo que consiste na dificuldade de aprendizagem em função da experiência prévia com estímulos incontroláveis. Portanto, sem deixar de levar em conta as profundas diferenças existentes entre as espécies, esse posicionamento monista - minoritário, mas também integrante do pensamento psicológico - permite que se busquem em animais alguns dos processos básicos do comportamento humano. É a partir desse referencial filosófico que se justifica a proposição de modelos animais de psicopatologias.
b) Dados experimentais que mostram a similaridade do desamparo com a depressão humana.
1) Processos de redução do valor reforçador. No estudo experimental da depressão a pessoa deprimida sofre basicamente da falta de reforçadores e são analisados os processos que reduzem o valor reforçador dos estímulos disponíveis e as condições de vida que limitam o acesso a esses reforçadores. Similarmente o estudo dodesamparo aprendido analisa os processos que reduzem o valor reforçador dos estímulos disponíveis. Por tanto em ambos os estímulos reforçadores tem uma redução na sua eficácia.
2) Alterações neuroquímicas. Tanto na depressão quanto no desamparo aprendido há uma alteração de neurotransmissores. As pesquisas revelam que ocorre uma depleção em ambos casos de Noradrenalina(NA), Dopamina(DA) e Serotonina (5-HT) e ocorre uma liberação maior de endorfinas.
3) Tratamento. Em um experimento do Graeff e da professora Hunziker de 1988 eles adminstraram drogas antidepressivas e alteraram os indivíduos que estavam em desamparo aprendido. A Imipramina (1 mg/kg) que é uma droga antidepressiva da classe dos antidepressivos tricíclicos foi administrada e aumentou a atividade da Noradrenalina no cérebro dos indivíduos que estavam em desamparo aprendido e modificaram o comportamento de desamparo nestes animais. Este medicamento é usado para tratar humanos depressivos e altera também o comportamento de desamparo aprendido indicando com isso uma mesma circuitaria cerebral similar.
Efeito comportamental é a dificuldade de aprendizagem em função da exposição prévia a eventos de estímulos incontroláveis. A Interpretação do efeito é uma interpretação teórica. Há duas hipóteses do Desamparo Aprendido: A original, que é uma hipótese mentalista dos pesquisadores Seligman & Maier dizem que a “expectativa” (de ausência de controle) é a principal. Que envolve uma condição circular e processos inferidos. O ponto conflitante disto está no pressuposto predominante de que o ser humano é essencialmente distinto do restante dos animais em função de que apenas ele tem, além do corpo, a mente. Esse dualismo mente/corpo justifica que a maior pane das diferentes correntes teóricas dentro da Psicologia estabeleça a mente como seu objeto de estudo ou, ao menos, como a variável crítica que intermedia todos os comportamentos humanos. Assim, se se considera que o comportamento humano é determinado pela mente, e se a mente é própria do Homem, a proposição de modelos animais de psicopatologias se torna absurda pois seria estar buscando em animais processos que são próprios do ser humano. O desamparo aprendido foi proposto como modelo animal de depressão há quase duas décadas sendo desde então bastante utilizado em diferentes tipos de pesquisa. Embora o estudo do desamparo tenha se originado de investigações voltadas para a análise de interações entre contingências respondentes e operantes, a partir da sua associação com a depressão ele passou a ser amplamente utilizado como um modelo para o teste de drogas e alterações bioquímicas, ficando a análise funcional desse comportamento relegada a segundo plano. Esse abandono da análise funcional do desamparo reduziu o potencial de contribuição desses estudos para a compreensão do comportamento em geral, e da possível similaridade do desamparo com a depressão humana. Diferentes formulações teóricas foram apresentadas para explicar o desamparo, sendo que a maioria delas propõe que a experiência com os choques incontroláveis tem como efeito principal tornar o sujeito menos ativo. Essa inatividade pode ser aprendida através de contingências acidentais supostamente presentes na condição de incontrolabilidade, ou pode ser decorrente da depleção de alguns neurotransmissores cerebrais que reduziria a atividade motora do sujeito. Aprendida ou imposta bioquimicamente, a inatividade teria como conseqüência dificultar a inicializacão da resposta de teste, reduzindo o contato do sujeito com a contingência operante.Em suma, essas hipóteses sugerem que a dificuldade de aprendizagem operante observada nesses estudos é meramente um subproduto da baixa atividade locomotora dos animais e não um processo de aprendizagem em si.
Já a segunda hipótese é a da Análise do Comportamento que é uma visão monista do indivíduo que consiste na dificuldade de aprendizagem em função da experiência prévia com estímulos incontroláveis. Portanto, sem deixar de levar em conta as profundas diferenças existentes entre as espécies, esse posicionamento monista - minoritário, mas também integrante do pensamento psicológico - permite que se busquem em animais alguns dos processos básicos do comportamento humano. É a partir desse referencial filosófico que se justifica a proposição de modelos animais de psicopatologias.
b) Dados experimentais que mostram a similaridade do desamparo com a depressão humana.
1) Processos de redução do valor reforçador. No estudo experimental da depressão a pessoa deprimida sofre basicamente da falta de reforçadores e são analisados os processos que reduzem o valor reforçador dos estímulos disponíveis e as condições de vida que limitam o acesso a esses reforçadores. Similarmente o estudo dodesamparo aprendido analisa os processos que reduzem o valor reforçador dos estímulos disponíveis. Por tanto em ambos os estímulos reforçadores tem uma redução na sua eficácia.
2) Alterações neuroquímicas. Tanto na depressão quanto no desamparo aprendido há uma alteração de neurotransmissores. As pesquisas revelam que ocorre uma depleção em ambos casos de Noradrenalina(NA), Dopamina(DA) e Serotonina (5-HT) e ocorre uma liberação maior de endorfinas.
3) Tratamento. Em um experimento do Graeff e da professora Hunziker de 1988 eles adminstraram drogas antidepressivas e alteraram os indivíduos que estavam em desamparo aprendido. A Imipramina (1 mg/kg) que é uma droga antidepressiva da classe dos antidepressivos tricíclicos foi administrada e aumentou a atividade da Noradrenalina no cérebro dos indivíduos que estavam em desamparo aprendido e modificaram o comportamento de desamparo nestes animais. Este medicamento é usado para tratar humanos depressivos e altera também o comportamento de desamparo aprendido indicando com isso uma mesma circuitaria cerebral similar.
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